Ano: 2015

A arte como refúgio poético ante a vertigem do tempo 24/7

Tipo: Artigo
Ano: 2015

As novas mídias digitais, presença ubíqua no capitalismo do século XXI, criaram o mundo da vida ininterrupta, do fluxo contínuo 24/7 preenchido por atividades e operações incessantes e, muitas das vezes, automáticas. A qualquer hora do dia ou da noite se produz e se consome informação. É na contramão desse mundo sem pausa, das novidades que surgem e desaparecem em velocidade vertiginosa e das relações e emoções cada vez mais efêmeras, que diversos artistas têm buscado criar obras que enfatizem formas de percepção mais lentas e meditativas. É esse o pano de fundo da exposição Days of Endless Time, apresentada entre os dias 16 de outubro de 2014 e 12 de abril de 2015 no Smithsonian Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, localizado em Washington D.C., onde doze artistas e um coletivo propõem diferentes estratégias para ensejar um refugio poético ante a vertigem do tempo. São quatorze instalações, com obras em vídeo e mídias digitais que, embora utilizem-se da mesma tecnologia que materializa a aceleração temporal, conduzem ao espaço atemporal de uma pausa flutuante.

Autores:

Doris Kosminsky

Bill Viola

Bill Viola no Grand Palais – resenha

Tipo: Artigo
Ano: 2014

Vinte obras do artista norte-americano Bill Viola, produzidas entre 1977 e 2013, foram exibidas em Paris, no Grand Palais. Nessa mostra, o pioneiro da videoarte apresentou uma jornada introspectiva guiada por três questões metafísicas: Quem sou? Onde estou? Para onde vou? Explorando temas que envolvem transcendência, vida e morte, e, principalmente, a passagem e os ciclos do tempo, o artista não se propõe a encontrar respostas para essas questões. Pretende apenas nos aproximar das experiências a que elas conduzem. Filme e vídeo, monitores e projeções, água, fogo, atores e atrizes compõem uma pintura em movimento em que as novas tecnologias digitais fazem referência a trabalhos de antigos mestres, como Giotto, Bosch e Goya.

Autores:

Doris Kosminsky

Palavras chave: ,

Corporeal interval: sensory indeterminacy as the poetic bloom of interactive art

Tipo: Artigo
Ano: 2013

Artigo publicado nos anais de Re-new, apresentado em Copenhague, Dinamarca em 2013. (somente inglês)

A interatividade adiciona um novo nível sensorial à arte. A implementação do sistema sensorial artificial pode realçar o que antes foi discutido como um atributo natural humano, a indeterminação. Neste artigo, vamos discutir como a indeterminação inerente a cada um dos elementos constitutivos da experiência estética é um fator essencial no desenvolvimento da poética da arte interativa. Para este fim, os pensamentos de Henri Bergson do corpo humano como centro de indeterminação estão relacionados com a margem de indeterminação da máquina discutida por Gilbert Simondon. Inserida em uma pesquisa teórico-prática, esta reflexão repercute na conceituação de Em3, uma instalação interativa que ajuda a compreensão das idéias desenvolvidas ao longo do texto. Finalmente, a indeterminação da artista, obras de arte e observador vão delinear individual e coletivamente o conceito de intervalo corpóreo.

Autores:

Barbara Castro, Doris Kosminsky, Luiz Velho

Palavras chave:

Arquivo e banco de dados – Poética, ética e estética da visualização artística – Arte & Ensaios v.24

Tipo: Artigo
Ano: 2013

A partir do exemplo de obras que trafegam pelo conceito de arquivo, pela forma simbólica do banco de dados, e da constituição de visualizações, discutimos neste artigo as articulações desenvolvidas por esses modelos dentro do campo da arte; suas questões éticas e potencialidades estéticas e poéticas.

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