Desmatamento na Amazônia
O projeto de Eduarda Isiris se desenvolve a partir de lâminas de acetato presas a uma base de madeira. Cada placa de acetato representa um ano de desmatamento da Amazônia Legal, a partir do início de monitoramento por satélite em 1994. Para cada lâmina, é feito um buraco no formato de uma circunferência que simboliza a área desmatada. Assim, a cada ano que passa podemos ver como aumenta o desmatamento na região.
A vontade de fazer essa visualização surgiu pela necessidade de fazer com que as pessoas enxerguem e se preocupem cada vez mais com nossas reservas naturais que estão sumindo a cada dia. Os dados estão disponíveis na internet. Todos temos acesso, mas poucos procuram e quando fazem, não entendem a imensidão e o impacto desses números para o meio ambiente.
Criação e materiais
Em primeiro lugar, a ideia de fazer lâminas de acetato para demonstrar o desmatamento surgiu da transparência que o material possui, ideal para reforçar a ideia de que agora existe clareza, de que existe monitoramento e esse desmatamento não passará despercebido.
A base de madeira dá sustentação para que as lâminas se mantenham em pé, assim como as árvores e a biodiversidade do local também dão para a humanidade a sustentação necessária.
A tinta de cor vermelha foi utilizada para pintar os círculos nas placas, dando ênfase ao que já foi perdido por nós.
Cálculo
A área da placa de acetato (15x15cm) é igualada a área da Amazônia Legal (5.217.423 km2) e a área desmatada por ano é igualada ao círculo que foi retirado da placa. A conta para calcular o círculo removido é: igualar o valor a área de um circunferência (A = π . R2 ) ao valor desmatado até o ano da placa.
Acrescenta-se a lâmina seguinte, a área desmatada nos anos anteriores mais a desmatada no ano corrente.
Exemplo:
Na placa de 1994, que é o ano inicial do monitoramento, foram calculados 14.896km2 desmatados. Já na placa de 1995, será representado o desmatamento de 1994 + 1995 (14895+29.059 km²). E assim sucessivamente, para que na última placa de 2018, possamos ver o quanto já foi desmatado desde o início desse monitoramento por satélite.
Conclusão
Dessa forma, vendo o material apresentado podemos chegar a conclusões que talvez não fossem percebidas se olhássemos só para os dados no papel. A visualização nos ajuda a compreender a dimensão do problema. E assim podemos verificar que o desmatamento exacerbado na Amazônia Legal está inviável, e rápidas medidas devem ser tomadas para que não percamos nosso bem mais precioso: a vida.
Veja na Revista Diálogo um artigo sobre este e outros projetos em Visualização de Dados Física