Visualizando a educação básica no Brasil
Introdução
Visualizando a Educação Básica no Brasil é um projeto desenvolvido pelo Laboratório da Visualidade e Visualização (LabVis/EBA), através de seus bolsistas Fabiana Ferreira (Engenharia Eletrônica – UFRJ) e Luiza Teich (Comunicação Visual Design – UFRJ) sob a orientação da Professora Doris Kosminsky e do Professor Claudio Esperança.
O projeto tem por objetivo o desenvolvimento de visualizações interativas que permitam uma exploração dinâmica do panorama da educação básica brasileira, com base em dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O conjunto compreende dados relacionados às escolas e dentre outras, destacam-se as seguintes dimensões: região territorial, unidade da federação, período de tempo (ano), nível de ensino (fundamental ou médio), rede de ensino (particular e pública, esta última dividindo-se em municipal, estadual ou federal), área de localização (rural ou urbana), além das taxas de desempenho (aprovação, reprovação e abandono).
Uma análise quantitativa da educação brasileira através de dados sobre suas escolas passa a levantar questões como: Como se dá a distribuição de escolas federais pelo território brasileiro? Em que medida a localização influencia o desempenho dos alunos do ensino fundamental? O número de escolas tem aumentado ou diminuído ao longo dos anos? Este comportamento é uniforme em todo o Brasil? A exploração visual e interativa dos dados acaba por evidenciar informações e relações que, em outros formatos, poderiam não ser tão facilmente percebidas, colaborando para que indagações como as anteriores possam ser formuladas e suas respostas possam ser esboçadas.
Além de possibilitar tais explorações e experimentações, o caráter interdisciplinar do projeto oferece aos envolvidos também um laboratório de investigação das relações entre Designers e Programadores no desenvolvimento de um exercício comum de criação.
Análise dos dados
Após o recorte dos dados, foi necessário entender as suas dinâmicas, assim como suas possíveis abordagens visuais. Nesta etapa, contamos com a participação da também bolsista do LabVis, Jeane Badin. Foram algumas semanas de encontros e discussões sobe as relações que as dimensões dos dados mantinham entre si e de maneiras estas relações deveriam ser abordadas para oferecer ao usuário uma ferramenta visual de interpretação desse panorama, assim como respostas para perguntas como as enumeradas no resumo do projeto.
Neste momento, foi redigido um documento inicial com as especificações do projeto. Ao mesmo tempo, desenvolvíamos sketches digitais, como os ilustrados abaixo, em busca da melhor compreensão dos dados, suas dinâmicas e possíveis interações.
Entendemos que todos os dados selecionados estavam relacionados e foram coletados a partir de um agente: escolas. Todas as demais dimensões apresentadas nas tabelas originais, como “localidade”, “administração”, “rede” se encarregavam de classificar as escolas retratadas.
Durante o decorrer do projeto, foi levantado em reunião que basear as visualizações na representação da quantidade bruta de escolas ignorava um fator muito importante para melhor compreensão da educação brasileira: o número de alunos matriculados. Estes dados foram buscados no Portal do Inep mais uma vez e, então, incorporados ao projeto.
Formatos de visualização
A etapa seguinte constituiu na pesquisa e no desenvolvimento de formatos que contemplassem as conclusões atingidas até o momento e traduzissem a dinâmica dos dados. Nesta etapa, sketches foram produzidos e levados às reuniões do laboratório e expostos ao grupo. O compartilhamento com ou outros grupos, que também desenvolviam outros projetos, foi e ainda é muito rica pela troca de experiências e soluções que esta proporciona.
Foi decidido por iniciar este exercício de ilustração pelo que se considerou ser o nível mais avançado de interação entre as dimensões: desempenho segundo cada uma das categorias de escola (nível, localização, rede …..). As discussões e sugestões levaram a duas possibilidades de formato.
Visualizações