LabVis no Congresso Brasileiro de Design da Informação – CIDI 2021

O Congresso Internacional de Design da Informação, CIDI 2021, realizou sua 10º edição entre os dias 18 e 22 de outubro de forma virtual, por conta da pandemia. O evento contou com palestras, workshops, apresentação de trabalhos Oral e Pôster, uma mostra de trabalhos no campo do Design da Informação. Sendo um dos principais congressos na área, no Brasil, não poderíamos deixar de falar do evento e da contribuição do LabVis em sua programação.

 

O CIDI

Organizado a cada dois anos pela Sociedade Brasileira de Design da Informação, o CIDI e o CONGIC (Congresso Nacional de Iniciação Científica em Design da Informação) têm como objetivo discutir e refletir sobre esse campo do design no Brasil e em âmbito internacional.

O conceito do evento foi “Conexões” e contou com 6 eixos temáticos para a submissão de artigos:

  1. Tecnologia: relacionados à produção e utilização de tecnologia em ambientes físicos ou virtuais. Alguns exemplos de áreas são: visualização digital de dados, design de jogos digitais, animação, transmídias, realidade virtual e aumentada, design para experiência digital, entre outros.
  2. Comunicação: referente à eficiência dos processos comunicacionais, alguns exemplos são design editorial, visualização de dados, design de instruções, cartografia, animação, cinema, entre outros.
  3. Educação: relacionado ao papel do design de informação na educação. Alguns exemplos são inserção do Design na educação em seus diversos níveis, ensino do Design da Informação, métodos e abordagens de ensino/aprendizagem numa perspectiva do Design da Informação, artefatos didáticos/instrucionais, currículos e outros temas relacionados à educação.
  4. Sociedade: evidenciam aspectos e questões relacionadas a produções, discussões críticas, éticas e sociais, como: design vernacular, produção artesanal, design participativo, acessibilidade, design ativista, estudos de gênero, antropologia no design.
  5. Teoria e História: abordagens e contribuições teóricas e históricas, alguns exemplos são teorias, filosofia e semiótica, modelos e métodos, assim como sobre pioneiros, precursores e primórdios do design da informação, memória gráfica, patrimônio brasileiro e resgates históricos.
  6.  Saúde: por conta da pandemia foi criada uma chamada especial para esse tema, tendo como foco a eficácia comunicacional de sistemas informacionais relacionados à saúde e ao bem-estar.

LabVis no CIDI

Nesta edição, o LabVis teve 6 contribuições no evento. A primeira delas foi a apresentação de pôster para o CONGIC intitulada “Do avesso: narrativa de dados sobre os impactos socioambientais do fast fashion”de autoria da aluna Barbara Frast com orientação das professoras doutoras Doris Kosminsky e Júlia Giannella . Fruto de seu trabalho de conclusão de curso, Barbara investigou como a visualização de dados, aliada a recursos narrativos, pode ser empregada na construção de um artefato digital que informa e promove conscientização sobre um tema de impacto socioambiental. Você pode assistir ao vídeo do protótipo completo nesse link. A seguir, alguns frames da apresentação que pode ser assistida neste link.

Imagem da apresentação realizada no CIDI.

 

Imagem da apresentação realizada no CIDI.

Julia Ebel, graduanda no curso de Comunicação Visual Design e bolsista PIBIAC do LabVis, orientada pelos professores Claudio Esperança, Doris Kosminsky e Júlia Giannella, expos na modalidade apresentação oral o projeto comemorativo  “Dez anos visualizados em uma marca cambiante”. Essa contribuição se refere ao processo de concepção e desenvolvimento da nova identidade visual criada para o Laboratório de Visualização e Visualidades, a partir de dados do próprio laboratório.

A nova identidade visual dinâmica foi criada para a comemoração dos 10 anos do LabVis. A  marca cambiante homenageia simultaneamente a trajetória e a área de pesquisa do laboratório. Por meio de códigos visuais, a marca  representa o que ocorreu em cada ano dessa história: quantos e quais projetos foram desenvolvidos, o tamanho e  a diversidade na equipe, e a localização física ou virtual do Laboratório. A seguir, alguns frames da apresentação que pode ser assistida neste link.

 

Imagem da apresentação realizada na CIDI.

 

Imagem da apresentação realizada no CIDI.

O projeto “Dez anos visualizados em uma marca cambiante” também foi um dos 32 trabalhos selecionados para a Mostra Brasileira de Design da Informação, uma iniciativa da Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADG Brasil) e Sociedade Brasileira de Design da Informação (SBDI) pautada pela necessidade de reunir práticas em projetos, produtos, serviços e experiências sobre Design da Informação. A abertura da mostra aconteceu dentro da programação do CIDI e pode ser assistida neste link.

A coordenadora do LabVis e Keynote do CIDI, Doris Kosminsky, apresentou a palestra “Visualizações: emaranhados e conexões”, que tem como objetivo instigar a visualização de dados enquanto tecnologia. A exposição do tema levou em consideração a interdependência entre os seres humanos e máquinas na aceleração da produção, coleta e interpretação de dados. 

Outro trabalho que integrou o CIDI na modalidade apresentação de pôster foi “Vamos papear sobre dataviz? Uma experiência de conversas sobre visualização de dados durante a pandemia”, de Luiz Torres Ludwig, doutorando no PPGAV da UFRJ e integrante do LabVis. A contribuição é fruto de uma parceria com Joy Till e Flavia Nizia da Fonseca Ribeiro. Após a observação e apuração de algumas condições do cotidiano de alunos e professores durante a pandemia surgiu a inicativa PapoDado. O projeto propõe sessões semanais de debate e reflexão acerca do tema da visualização de dados.

A última contribuição exposta por integrantes do LabVis no CIDI na modalidade apresentação oral foi “Plásticos e meio ambiente: analisando fenômenos ambientais complexos em visualizações de dados“, de Rodolfo Almeida com coautoria da professora Dra. Doris Kosminsky. O trabalho busca compreender as dificuldades encontradas pela visualização de dados de fenômenos ambientais complexos e analisar diferentes estratégias de representação desses fenômenos.

O artigo tem como base o conceito de hiperobjeto, postulado por Timothy Morton (2013), termo que descreve um objeto de escalas espaciais e temporais muito além do alcance da cognição humana, o que dificulta sua compreensão. Morton sugere 5 propriedades e o projeto foca em 3 delas: sem localidade, multidimensionalidade e interobjetividade.  A seguir, alguns frames da apresentação que pode ser assistida neste link.

Imagem da apresentação realizada na CIDI.

 

 

Imagem da apresentação realizada na CIDI.

 

Além dos projetos apresentados na CIDI, o LabVis vem desenvolvendo outras importantes pesquisas na área de visualização de dados. Fique atento as notícias e saiba mais sobre esta importante parte do design.