O artigo Teaching Information Visualization through Situated Design: Case Studies from the Classroom, escrito por Renata Perim, Regina Reznik e Doris Kosminsky, fará parte do IEEE VIS 2024, um dos congressos mais importantes voltados para visualização de dados. O objetivo do artigo é apresentar os projetos desenvolvidos na disciplina de Visualização de Dados Criativa, que se destacaram por revelar perspectivas muito particulares das estudantes. A disciplina, ministrada em 2023 e 2024, teve como foco o desenvolvimento de práticas de visualização de dados por meio de atividades em sala de aula relacionadas à coleta, mapeamento de dados e apresentação de seminários.

Todas as atividades foram baseadas nas contribuições fundamentais de educadores como John Dewey (1897) e Paulo Freire (1996). As atividades foram planejadas com a compreensão de que cada estudante teria o potencial de entender e interpretar os problemas sociais a partir de suas próprias experiências. No artigo, enfatizamos que essa abordagem foi enriquecida pelo contexto de uma universidade pública e gratuita que, por meio da política de cotas, promove um ambiente heterogêneo, com estudantes de diferentes grupos sociais, histórias e origens diversas. 

Nossa proposta de um design situado

A maioria dos projetos desenvolvidos refletiu essas particularidades e experiências vividas pelas estudantes. No processo de execução e na avaliação final dos projetos, percebemos que os conceitos de design situado e conhecimento situado poderiam ser articulados. 

O design situado é desenvolvido como uma metodologia no livro Situated Design Methods (Simonsen et al., 2021) e está baseado no conceito de “conhecimento situado” de Donna Haraway (1988). Esses conceitos foram aplicados na criação de um framework que nomeamos como “aprendizado situado de visualização de informação”.

Selecionamos projetos nos quais houve um forte envolvimento das alunas com o tema ou com a comunidade a que estavam se referindo. Os projetos selecionados abordam temas relacionados à violência policial nas favelas, ao transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH e ao problema da insegurança alimentar no Brasil, foram desenvolvidos pelas alunas Júlia Machado de Souza, Juliana Lima Ferraz, Izabour Azevedo e Poliana Luiza de Souza Dias. As visualizações de dados variam entre animações, visualizações digitais e uma exploração do recurso tátil. 

Em outubro, o artigo será apresentado pela professora Doris Kosminsky e será publicado no IEEE Xplore. A inscrição para a participação virtual no evento é gratuita, pode ser feita neste link selecionando a opção Virtual Diversity/Inclusivity Participant. Vamos participar!

Fotovis é uma ferramenta para visualizar, explorar e analisar coleções fotográficas. É o resultado parcial de uma tese de doutorado que investigou estratégias alternativas, visuais e mais generosas de navegação – baseadas em Humanidades Digitais – para ferramentas digitais. Este artigo discute como o Fotovis foi concebido, desenvolvido (no nível do protótipo) e avaliado (no nível da interface), por meio de uma abordagem centrada no usuário e a partir de uma amostra de fotografias do Instituto Moreira Salles, importante instituição cultural brasileira. O objetivo é destacar a definição dos usuários do Fotovis e as decisões de design que atendem às suas necessidades exploratórias e analíticas

Artigo publicado na Revista Infodesign (Volume 18, número 3, dez. 2021)

Observa-se atualmente substancial debate sobre a atuação de metadados ricos e variados na estruturação, visualização e recuperação de coleções. Mediante a identificação de recentes pesquisas interdisciplinares envolvendo os campos das humanidades digitais, da ciência da informação, do patrimônio cultural e da visualização de dados, este artigo discorre sobre emergente tópico de reflexão e prática: a visualização de dados de coleções culturais.

Artigo publicado na Revista Acervo (Volume 34, número 3, 2021)