VisualiCards – O jogo

O projeto de elaboração do jogo VisualiCards teve o propósito de colocar em prática o letramento (literacia) em visualização de dados por meio de metodologias criativas. Como resultado desse processo foi criado o jogo de cartas composto por 4 decks (baralhos) contendo um total de 90 cartas com visualizações, definições, cartas-resposta e carta de dados. Nosso objetivo é apresentar as características dos gráficos que podem ser usados para representar dados e incentivar a compreensão e criação de visualização de dados. 

O jogo foi desenvolvido pelos alunos, Antônio Giannini e Gabriel Satamini, da graduação em Comunicação Visual Design da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio das bolsas de Iniciação Artística e Cultural da UFRJ (PIBIAC), com co-orientação de Renata Perim, pós-doutoranda no programa de pós graduação em design da UFRJ, e orientação da professora Doris Kosminsky. Para o desenvolvimento do projeto usamos a abordagem do design thinking aliada às práticas construcionistas de aprendizagem, as etapas do processo de criação, conceituação e análise das referências visuais e teóricas foram apresentadas em congressos e artigos para revistas. A seguir, apresentamos os modelos das cartas e um breve resumo das dinâmicas de jogo.

 

As cartas

Os modelos de cartas que constituem o jogo são identificados por cores:

  • azul – cartas de visualização
  • vermelho – cartas de definição
  • verde – carta-resposta
  • amarelo – cartas de dados
Exemplo dos modelos de cartas do jogo VisualiCards.

Cada carta de definição é organizada com o nome do gráfico, sua variação (quando houver), a definição do gráfico, gráficos similares (quando houver) e suas principais funções, veja a figura abaixo:

Informações contidas nas cartas de definição

As cartas de dados são usadas no jogo para possibilitar a criação de visualizações. Foram coletados dados sobre os temas relacionados ao meio ambiente como desmatamento, descarte de plástico e poluição do ar. Já as cartas verdes são as visualizações com o seus respectivos nomes, elas servem como guia de resposta na formação dos pares

Exemplos de cartas de dados
Exemplos de cartas-respostas

As dinâmicas

Foram criadas duas dinâmicas de jogo com objetivos distintos. A primeira, foca na familiarização do tema propondo que os/as jogantes formem pares de cartas: uma carta de definição (vermelha) com uma carta de visualização (azul). Basicamente, as cartas de visualização ficam espalhadas sobre a mesa e as cartas de definição são retiradas do deck que está virado para baixo, ao ler a definição é necessário encontrar a carta de visualização correspondente.

Para a dinâmica 2, sugerimos que os/as jogantes (propomos o termo “jogantes” como alternativa ao uso dos termos jogadores/jogadoras.) tenham alguma experiência com visualização de dados ou que seja jogada depois da dinâmica 1. O jogo começa com a formação de pares de cartas (carta de visualização + carta de definição), numa adaptação do jogo da memória. A cada par formado os/as jogantes têm direito a uma carta de dados. O objetivo é criar visualizações para os dados usando as cartas de visualização e fazendo esboços em uma folha à parte. 

Veja as instruções completas das dinâmicas aqui.

Lembramos que as dinâmicas que propomos são apenas sugestões, as cartas podem ser jogadas de várias maneiras com inspiração em outros jogos e a partir de regras inteiramente novas. As cartas de dados também podem ser substituídas por outras informações e dados coletados. Nosso objetivo é que as cartas possam ajudar na compreensão das possibilidades de representações de dados e que isso possa ser feito em grupo de forma lúdica e criativa.

Imagens do jogo VisualiCards completo

 

Agradecimentos:

Os autores agradecem ao professor Claudio Esperança, à equipe do LabVis, e ao apoio de bolsas PIBIAC-UFRJ e PIBIC-UFRJ. Este trabalho recebeu apoio das seguintes agências de fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). 

 

Este texto foi redigido por Renata Perim.