Os dados jornalísticos de Mona Chalabi
Mona Chalabi é uma jornalista de dados britânica e escritora de descendência Iraquiana. Ficou conhecida ao trabalhar para a FiveThirtyEight e The Guardian, atualmente também produz conteúdo acessível de datavis em suas redes sociais. Em questão de visualização de dados jornalísticos é importante ressaltar personalidades que abordam os números de maneira a aproximar cada espectador de sua obra. Chalabi é reconhecida por defender a importância de seu trabalho para evitar que políticos façam falsas alegações (espalhem fake news). Sua forma de expor dados é única porque cada traço é um desenho e sua narrativa cria empatia pelo leitor ao mesmo tempo que obtém informações relevantes como: O racismo no Reino Unido, direito das mulheres, protestos ao redor do globo, entre outros temas envolvendo principalmente cultura e política.
Diferente de simples gráficos de barras ou de pizza, cada peça de visualização do trabalho de Mona é vibrante e bem-humorado, para a tradução acessível de estatísticas de historias humanas. Pessoas não são somente números, assim como dados nunca são apenas dados. Sua especialidade é tornar o desconhecido conhecido, comovendo uma geração de mulheres, jornalistas ou não.
“Esses outros gráficos fornecem esse falso verniz de perfeição científica. Probabilidades vagas são comunicadas com precisão de pixel ”, disse Chalabi à revista Riposte. “Considerando que, pelo simples fato de estar desenhando com a mão, estou lhe dizendo: ‘Achamos que está em algum lugar entre isso e aquilo.’ Você nunca pode olhar para um gráfico e saber algo com a casa decimal, e isso faz parte da meta. Os dados verdadeiros não estão na casa decimal e qualquer um que lhe disser que está – alguém prevendo o resultado da eleição nos EUA com uma casa decimal – está mentindo para você. ”
Para ser realmente bem-sucedido, uma visualização deve atender aos três critérios de Chalabi:
1. Ser memorável
2. Conectar o assunto aos números
3. Comunicar incerteza
Muitos dos gráficos da jornalista não possuem números concretos por não serem realmente tão úteis assim quando suas visualizações dependem de escalas relativas. Seu quase abandono dos números pode ser perigoso, mas quando se trata de comunicar as incertezas pode ser efetivo. Qualquer pessoa pode ver que outra pessoa fez o gráfico, que pegou os número e os desenhou, por isso não poderia demonstrar tanta confiança nestes. Uma escala relativa serve para uma comparação rapida e bastante eficiente. Chalabi está sempre fazendo comparações, mas isso não quer dizer que abandonou completamente as planilhas, elas existem e são utilizadas para extrair histórias complexas de linhas de dados.
Por último, deixo disponível um TED talk sobre 3 maneiras de localizar uma má estatística: