O tráfego em Lisboa e a visualização das trajetórias
Estas visualizações foram desenvolvidas por Pedro Miguel Cruz, durante o projeto CityMotion, do MIT Portugal, e podem ser encontradas neste link.
O trabalho é constituído de uma série de experimentos que mapeiam dados obtidos pelo GPS de 1534 veículos circulando na cidade de Lisboa, em Portugal, durante o mês de Outubro de 2009. A informação foi condensada em uma simulação de um dia, agrupando os dados de cada segundo e os apresentando como uma animação. Cada experimento explora uma forma diferente de visualizar e expressar a informação.
Na animação “Clots in the traffic of Lisbon (Coágulos no tráfego de Lisboa)”, o designer utiliza uma metáfora visual, que associa a imagem do fluxo de veículos a um organismo com problemas circulatórios. Onde o tráfego é lento, coágulos vermelhos aparecem, representados como círculos vermelhos com baixa opacidade nos momentos que a velocidade dos veículos é inferior a 50 km/h. O raio dos círculos é inversamente proporcional à velocidade do veículo referido. O rastro dos veículos se agrupam em artérias principais, onde a largura representa a intensidade do tráfego durante o dia.
Já na animação “Estética preto e branca”, é feita uma exploração estética que evidencia as rotas principais do tráfego. Cada caminho representa uma rota temporária, onde a área abrangida é colorida em cinza. A área é definida pela rota completa, conectando os pontos de origem e destino. A representação dá ênfase à áreas com mais tráfego, com cores mais escuras.
Finalmente, na animação “Ênfase nas áreas lentas”, a cor das artérias mudam com a velocidade dos veículos. As artérias com trânsito rápido são desenhadas com cores verdes e mais frias, enquanto as mais lentas são vermelhas e mais quentes. A intensidade do tráfego é mapeada na largura e no brilho das artérias. Quando o caminho de um veículo está muito lento, a área abrangida é desenhada de forma que haja ênfase nas áreas problemáticas. Os pontos brancos representam os próprios veículos.