O som e a forma do fenômeno natureza
Certamente você já sentiu frio e calor. Certamente já se preocupou alguma vez com as variações climáticas. E com certeza já teve notícia de verões escaldantes ou chuvas e nevascas assustadoras para a condição humana. Entretanto, é raro que já tenha imaginado que tais mudanças no clima, tão corriqueiras aos nossos olhos e costumes, possam ser traduzidas em objetos tridimensionais e em sons. É esse o magnífico trabalho da artista americana Nathalie Miebach, que na tentativa de escrever e registrar em forma de sons e esculturas, a linguagem da natureza, sugere novos horizontes à percepção da humanidade sobre o mundo em que vivemos.
Nathalie centra seu trabalho no campo amistoso da interseção entre a arte e a ciência através dos desdobramentos sonoros e visuais oriundos de dados meteorológicos. Suas esculturas feitas a partir de objetos e materiais prosaicos dialogam com as peças musicais, traduzindo juntas, de duas maneiras diferentes, o mesmo acontecimento natural.
Nesse contexto, cada obra musical não pode ser encarada como apenas um mapeamento climático de determinado local ou região, por serem também partituras funcionais e, portanto, passível da leitura e interpretação musical por parte dos músicos que dão suporte ao projeto. Apesar de toda partitura guardar em si muitas possibilidades de interpretação, os músicos são convidados a não alteram o intervalo entre as notas e suas relações essenciais, pois assim temos a garantia de que aquilo que se ouve é, de fato, a representação audível dos dados meteorológicos.
Clique aqui para ouvir a música.
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