Dinâmica dos refugiados – o que dizem os dados?
A visualização Refugee Dynamics de Dénes Csala mapeia os mais de 50 milhões de refugiados que, no período de 1951 a 2014, partiram de seus países de origem à procura de refúgio em países estrangeiros. Buscando uma maneira de narrar estas décadas de deslocamento humano, Csala optou pelo layout chamado de “chord diagram”, que tem a capacidade de potencializar a visualização de fluxos entre duas direções. Os dados usados foram disponibilizados pelo The United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR), órgão que rastreia e levanta o número de refugiados ao redor do mundo.
Um tutorial em inglês introduz a dinâmica que esta por vir e mostra como o usuário pode lê-la. A visualização consiste em dois gráficos circulares, ao redor dos quais estão dispostos os nomes dos países. O primeiro gráfico representa as dinâmicas dos países-alvo (aqueles que recebem os refugiados) e o segundo, o fluxo entre os países de origem. As divisões das suas circunferências mostram como os refugiados estão distribuídos pelo mundo: o círculo soma 100%, ou seja, a quantidade total de refugiados existentes naquele ano, e as faixas coloridas, indicam a porcentagem desta a quantidade total encontrada em cada um dos países analisados.
Analisando a imagem abaixo – cujo os dados são apenas ilustrativos – reparamos no fluxo de refugiados entre Iran e Iraque. Da quantidade de refugiados que hoje se encontram no Iran (38% o total de refugiados mundial), um arco correspondente a 9% (de 17% a 26%) esta ligado ao Iraque, indicando que dali vieram. De forma contrária, se acompanharmos esta faixa, é possível ver que a porcentagem de Iranianos que partiram para o Iraque, que corresponde a uma porcentagem de 1,2%. A forma que indica o fluxo entre estes dois países recebe, por sua vez, a cor do pais cuja a largura do arco é maior, neste caso, o Iran.
Em alguns casos o país de origem é o mesmo do de destino, fenômeno classificado como Movimento Interno. Nessas situações, é possível ver o arco do pais começando e terminando em si mesmo.
Na visualização interativa, o usuário pode filtrar os países clicando sobre o nome daquele(s) que deseja remover. Para trazê-lo de volta ao gráfico, basta clicar em seu nome, na lista criada com os países retirados. É possível, também na parte superior da visualização, definir os países expostos, estabelecendo os limites máximos e mínimos de fluxo. Além disso, para navegar pelos anos de 1951 a 2014, basta arrastar o controle de tempo na parte inferior da tela, ou usar as setas do teclado para alterar o ano.