Dreaming Machine #3: o sonhar da máquina

Sonhar é um ato sublime e extremamente sensível. Nós, humanos, vivemos por aí sonhando acordados ou dormindo. E é no sono que vivenciamos experiências muitas vezes aleatórias, sem sentido, mas que, dependendo do que foi sonhando, tem um incrível poder de estimular fortes sentimentos.

Sonhar nos faz humanos, de certa forma. Ajuda a criar nossos objetivos, busca-los e evoluir. E, sem dúvidas a Dreaming Machine #3, antes de se tonar uma possibilidade de fazer uma máquina “sonhar”, era o sonho/objetivo de alguém.

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O projeto consiste numa mini instalação que funcionava também como exposição. O programa parte do pressuposto de que sonhos são um acúmulo de imagens na memória. O processo é muito simples: uma câmera filmadora capta as imagens que, futuramente serão utilizadas para gerar os sonhos.

O sistema utiliza inteligência artificial para perceber e associar padrões – “aprender” – e utilizam os padrões captados para simular a realidade externa e simular a percepção.

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Já a simulação dos sonhos se divide em três modos: o de percepção, onde o espectador visualiza uma reconstrução da imagem a partir do que a máquina aprendeu, o modo “distração mental”, que já conta com imagens geradas a partir do que a lente da câmera capta e constrói. E, por último, o modo sonho. No modo sonho, a câmera é desligada e a máquina fica “no escuro”, assim, todas as construções que ela faz – simulando o mundo externo – partem da memória que ela construiu, de padrões e distorções, quando conectada nos outros modos.

Os responsáveis por esta mini-instalação são Ben Bogart e Philippe Pasquier.

Confiram o vídeo que mostra o funcionamento da máquina.